WEG (WEGE3) eleva lucro no 3º tri e mantém fôlego global
WEG (WEGE3) eleva lucro para R$ 1,65 bi no 3º tri e mostra fôlego mesmo sob pressão de tarifas
No balanço divulgado nesta quarta-feira (22/10/2025), a WEG reportou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no 3º trimestre, avanço de 4,5% na comparação anual e de 3,7% frente ao 2º tri. A receita líquida alcançou R$ 10,27 bilhões (+4,2% a/a), enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 2,276 bilhões, com margem Ebitda de 22,2%, ligeiramente menor. O ROIC ficou em 32,4%, ainda elevado, mas em normalização. Em linhas gerais, o lucro veio acima do consenso, com receita um pouco aquém das projeções do mercado — um retrato de solidez com alguma pressão de margens.
Resultados do 3º trimestre: onde a WEG foi bem — e onde sentiu
Os números de hoje ajudam a entender a fotografia do momento: a fabricante manteve crescimento em receita e lucro, com eficiência operacional ainda robusta. O Ebitda cresceu moderadamente e a margem cedeu levemente, refletindo um contexto mais competitivo e custos pressionados. Na comparação com as estimativas, a companhia superou a expectativa de lucro, mas ficou um pouco abaixo no topo da linha e em Ebitda — algo que explica um humor ainda seletivo do mercado. Para quem acompanha fundamentos, o quadro segue de qualidade: liderança em motores e equipamentos, caixa forte e rentabilidade consistente, mesmo com ventos contrários.
Perspectivas: T&D, demanda industrial e plano para mitigar tarifas
Do lado operacional, a WEG segue apoiada por entregas em projetos de transmissão e distribuição (T&D), além de motores comerciais e linha appliance. No exterior, vendas para óleo & gás e água & saneamento continuam contribuindo. Ao mesmo tempo, a empresa reconhece o impacto das tarifas de importação nos EUA e descreve uma estratégia de mitigação: redirecionar exportações e usar sua presença global para preservar competitividade. Em outras palavras, a diversificação geográfica e de portfólio segue sendo a “almofada” contra choques macro.
Para o investidor, o recado de hoje combina disciplina operacional com prudência: crescimento desacelera, mas a base é resiliente; margens sofrem leve pressão, porém acima da média do setor; e a governança de capital continua sólida. A empresa realiza teleconferência amanhã (23/10, às 11h, BRT), quando deve detalhar alocação de capital, capex e sensibilidade das margens a câmbio e tarifas — pontos-chave para o trimestre seguinte.
Aviso: este texto tem caráter informativo e não constitui recomendação de investimento.