João Fonseca vence Munar, vai à final do ATP 500 da Basileia e coloca tênis brasileiro de volta no mapa
O Brasil terá um finalista em um dos torneios mais tradicionais do circuito. João Fonseca derrotou o espanhol Jaume Munar por 7/6(4) e 7/5 neste sábado (25), garantiu vaga na final do Swiss Indoors Basel, torneio ATP 500 disputado em quadra dura e coberta na Basileia, Suíça, e agora joga neste domingo pelo maior título da sua carreira profissional. O carioca de 19 anos aguarda o vencedor do duelo entre o francês Ugo Humbert e o espanhol Alejandro Davidovich Fokina, e a decisão terá transmissão ao vivo no Disney+ para o público brasileiro.
Como foi a semifinal: maturidade em tie-break e sangue frio na reta final
Fonseca mostrou um nível de jogo que já não parece juvenil. No primeiro set, manteve o saque firme, chamou o jogo para a direita pesada e levou a parcial no tie-break. No segundo set, mesmo atrás no placar, ele reagiu, recuperou a quebra e virou na hora certa. Ao todo, o brasileiro disparou dezenas de winners e sustentou aproveitamento muito alto com o primeiro saque, controlando os pontos agressivos e deixando Munar sem respostas nos momentos decisivos. Foi uma atuação de jogador pronto para título grande, não apenas promessa.
O detalhe é importante: Munar vinha de uma semana forte na Basileia, derrubando nomes experientes do circuito. Mesmo assim, Fonseca não sentiu a pressão da rodada grande. Ele tratou a semifinal como um jogo de afirmação, encarou os pontos grandes de igual para igual e fechou com autoridade para carimbar vaga inédita na final.
Por que essa final é gigante para o Brasil (e para a carreira dele)
A classificação coloca João Fonseca na primeira final de ATP 500 da carreira e consolida a temporada mais simbólica da nova geração brasileira. O jovem já havia levantado troféu neste ano em nível ATP e agora chega à decisão mais pesada do calendário que ele já disputou, em um torneio histórico do circuito europeu indoor. O resultado também empurra o ranking dele ainda mais para cima — ele já figura no top 50 e deve seguir subindo, com possibilidade de encostar na faixa dos 30 melhores do mundo dependendo do desfecho em Basileia.
Tem mais contexto esportivo aqui: essa presença em final de ATP 500 recoloca o tênis masculino brasileiro em vitrine internacional que, por muito tempo, parecia distante. A mensagem é clara — ele não está apenas “chegando”, ele já está competindo e ganhando de jogadores estabelecidos, em quadra rápida e sob teto, um ambiente tradicionalmente dominado por europeus e norte-americanos. Se levantar o troféu neste domingo, Fonseca transforma uma boa temporada em declaração global.